A data, comemorada no dia 6 de junho, pretende ressaltar o transplante também como meio de reabilitação física e social
Um recomeço, é assim que podemos abordar a vida de um transplantado.
O Brasil é referência mundial em doações e transplantes de órgãos, garantindo o atendimento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por fazer mais de 88% de todos os transplantes do país.
Em contrapartida, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), atualmente apenas cinco estados possuem centros ativos para sua realização: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Fortaleza e Paraná, limitando a realização de procedimentos no país.
Assim, a data também serve para nos relembrar da necessidade da captação de investimentos, da melhor estruturação do serviço e consequente ampliação de seu acesso à população, além da aplicação de políticas públicas eficazes, também pensando na assistência após o transplante pulmonar.
Qual a importância do transplante de pulmão?
Reservado para pessoas que tentaram medicações e outros tratamentos sem sucesso, o transplante pulmonar é uma opção terapêutica mundialmente aceita para o tratamento de algumas pneumopatias avançadas.
O procedimento é indicado para situações que causam danos irreversíveis ao órgão, comprometendo seu funcionamento eficaz. Os principais quadros são:
- Doença pulmonar obstrutiva crônica;
- Hipertensão arterial pulmonar;
- Fibrose cística;
- Fibrose pulmonar;
- Bronquiectasias;
- Sarcoidose.
O transplante de pulmão melhora a qualidade de vida do paciente, assim como também aumenta sua expectativa de vida, que ultrapassa 10 anos na maior parte das vezes. Mesmo assim, o primeiro ano após o transplante pulmonar é o período mais crítico, que requer todos os cuidados necessários para evitar complicações e infecções, por exemplo.
Então, apesar de melhorar a qualidade de vida, o paciente precisa ter a ciência de que a vida após o transplante pulmonar necessita da adoção de certos cuidados.
Como é a vida após o transplante pulmonar?
As primeiras 24 e 48 horas após o transplante pulmonar são cruciais para observar o funcionamento dos órgãos do paciente e seu estado mental.
O paciente operado permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital por cerca de 5 a 7 dias, sendo necessário a ventilação mecânica por um período indeterminado para ajudar na adaptação do órgão transplantado.
É necessário realizar os seguintes exames nessa primeira fase do pós-operatório:
- Radiografias;
- Biópsias;
- Exames laboratoriais;
- Eletrocardiogramas.
Após o transplante pulmonar, o paciente também deve mudar alguns hábitos de vida que ajudam a garantir o sucesso da operação a longo prazo, tais como:
- Não fumar novamente;
- Participar de um programa de reabilitação pulmonar;
- Frequentar consultas semanais durante os primeiros três meses.
Após o transplante pulmonar, as pessoas que se submeteram ao procedimento devem tomar medicamentos imunossupressores por toda a vida, que evitam a rejeição de órgãos transplantados pelo organismo. Como esses medicamentos tornam o sistema imunológico mais fraco, o paciente torna-se mais propenso a desenvolver outras doenças após o transplante pulmonar. Desse modo, é importante manter a higiene em dia e evitar aglomerações como principais cuidados.
Dia Mundial do Transplantado: por que doar?
Infelizmente, devido aos gargalos do nosso sistema de saúde, muitas pessoas acabam não tendo a chance de receber um órgão transplantado. A doação ajuda a reduzir esse gargalo dando uma nova chance de vida para pessoas que enfrentam uma doença grave em seus pulmões, promovendo uma reabilitação física, social e melhor qualidade de vida.
A doação de órgãos é um ato de generosidade que proporciona um recomeço para quem enfrenta um quadro respiratório irreversível e risco de complicações mais sérias, incluindo a morte. Um único doador pode salvar a vida de, ao menos 10 pessoas, que aguardam na fila de transplantes e tecidos. Por esse motivo, doar órgãos é tão importante.
Liderada pelo Dr. Marcos Samano, a TxTórax é uma clínica especializada em cirurgias torácicas e transplante pulmonar com um corpo clínico formado por profissionais experientes nas mais diversas técnicas cirúrgicas, como cirurgia robótica, minimamente invasiva por videotoracoscopia e, claro, nas cirurgias convencionais por toracotomia (abertas).
O Dr. Marcos Samano é especializado em Cirurgia Torácica e é professor doutor na Faculdade de Medicina da USP, além de ser coordenador do Programa de Transplante Pulmonar do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos poucos centros que realizam esse tipo de procedimento no Brasil. Com vasta experiência na área, o Dr. Samano se destaca como o primeiro profissional a realizar um caso bem-sucedido de transplante de pulmão em um paciente com complicações de Covid-19 no Brasil.
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Fontes: