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Como funciona o transplante de pulmão pelo SUS?
Imagem ilustrativa 3d de um raio x de pulmão
3 min. de leitura

O transplante do órgão possibilita que pacientes com doenças pulmonares restaurem a sua qualidade de vida. A fila única de transplantes do SUS é criteriosa para doadores e receptores

O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico em que o órgão ou tecido presente no receptor doente é substituído pelo correspondente sadio de um doador vivo, ou falecido. Este procedimento tem como finalidade reestabelecer as funções orgânicas do doente.

A partir de apenas um doador, vários órgãos e tecidos podem ser obtidos para transplantes. Dentre os órgãos e tecidos que podem ser doados estão os rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, medula óssea, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. O transplante de órgãos pode beneficiar muitas pessoas a partir de um mesmo doador.

Os pacientes que precisam do transplante de pulmão pelo SUS, ou de outros órgãos e tecidos, aguardam em uma lista única. Segundo dados divulgados pelo próprio Ministério da Saúde, que coordena esta fila de transplantes, realizaram-se mais de 12 mil transplantes de órgãos de janeiro a novembro de 2021 no país pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, o total do ano foi de aproximadamente de 13 mil procedimentos.

Quando um transplante de pulmão é indicado?

Quando ocorrem danos pulmonares irreversíveis que impedem o funcionamento eficaz do órgão, o transplante de pulmão é indicado. Dentre a variedade de doenças e condições mais comuns que podem levar a esta necessidade, estão:

  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Enfisema pulmonar;
  • Fibrose e hipertensão pulmonar;
  • Fibrose cística e bronquiectasias.

Como ser um doador de pulmão?

Geralmente, o transplante de pulmão pelo SUS é realizado com o órgão proveniente de um doador com morte cerebral atestada (falecido). As condições de um doador de pulmão adequado são:

  • Ter menos de 55 anos;
  • Nunca ter fumado;
  • Ausência de doença pulmonar;
  • Ter um pulmão de tamanho compatível com o receptor;
  • Pertencer ao grupo sanguíneo adequado conforme o receptor.

A doação de pulmão é considerada pelos profissionais da área da saúde como um tipo de transplante muito difícil, uma vez que as vias aéreas têm contato com o meio exterior (pelo ar respirado), aumentando o risco de contaminar o órgão. Ressalta-se que o doador para transplante de pulmão pelo SUS não precisa ter vínculo familiar com o receptor. No entanto, o transplante está condicionado à situação de o órgão estar sadio, sem infecção.

Excepcionalmente, é possível realizar transplante de pulmão pelo SUS de um doador vivo. Quando isso ocorre, apenas parte dos pulmões pode ser doada.

Como entrar no programa de transplante de pulmão pelo SUS?

O preparo para um transplante de pulmão pelo SUS passa pela realização de uma série de exames para analisar a saúde do paciente e verificar se existem condições impeditivas, tais como:

  • Estar apresentando uma infecção ativa;
  • Ter um histórico recente de câncer;
  • Apresentar doenças graves, com acometimento renal, hepático ou cardíaco;
  • Na impossibilidade ou falta de desejo do receptor em fazer mudanças no estilo de vida para manter o pulmão saudável (como parar de fumar ou de ingerir de bebidas alcoólicas);
  • Na falta de uma rede de apoio (família, amigos e cuidadores).

Como funciona a lista de espera para transplante no SUS

Segundo a legislação pertinente, o atendimento da fila única para transplante de pulmão pelo SUS (ou para cada órgão ou tecido) é por ordem de chegada, mas são considerados critérios técnicos, como a urgência e localização geográfica de cada órgão. A fila é determinada pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado do Brasil.

A partir do preparo e seleção, o paciente entra na fila geral de transplantes do SUS à espera do doador compatível. O contexto técnico impacta diretamente na ordem: nem sempre o primeiro da ordem na lista é o primeiro a realizar a cirurgia devido aos critérios de compatibilidade. Um doador deve ser compatível com o receptor para que se reduzam os riscos de rejeição do órgão e demais complicações. Ao ser convocado para o transplante de pulmão pelo SUS, a pessoa ainda passa por mais uma bateria de exames para poder seguir para a sala de cirurgia.

Fontes:

Ministério da Saúde

CNN

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