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Setembro Verde: Mês da conscientização da doação de órgãos
4 min. de leitura

Doar órgãos permite salvar a vida de pacientes em estado grave e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas

A campanha Setembro Verde tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Essa iniciativa visa informar e educar a população sobre como esse gesto pode salvar vidas e oferecer maior qualidade de vida a pacientes com alguns tipos de doenças crônicas.

Para entender a importância da doação de órgãos, um único doador pode ajudar cerca de dez pessoas que aguardam por transplantes de órgãos e tecidos. Atualmente, são 43 mil pacientes na lista de espera. Saber como funciona o processo de doação, e seus critérios necessários, auxilia na desmistificação do tema.

Como funciona o processo de doação de órgãos no Brasil?

Cientes da importância da doação de órgãos, a legislação brasileira regula todo o processo com protocolos rigorosos para assegurar a segurança e a ética entre as partes envolvidas. A família é a responsável pela decisão de doar os órgãos do ente falecido, independentemente da manifestação prévia do desejo de doar por parte do paciente, e deve autorizar o procedimento por escrito.

Dessa forma, os potenciais doadores não vivos são pacientes que estão na UTI com quadro de morte encefálica. Existe a possibilidade de doar rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado, intestino e tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Em caso de autorização da doação, a Central de Transplantes do Estado consulta o registro de lista de espera para selecionar o receptor compatível. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) regulamenta e monitora todos os processos de doação e de transplante realizados no Brasil.

A importância da doação de órgãos se estende para os doadores vivos. Existe a possibilidade de doar em vida um rim, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões. Nessas situações, a pessoa precisa ser maior de idade e doar para um familiar. Se não existe grau de parentesco entre as partes, é exigida uma autorização judicial prévia.

Quem pode ser um doador de órgãos?

O doador de órgãos pode ser qualquer pessoa com diagnóstico definido de morte cerebral, um estado irreversível confirmado conforme critérios bem estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina. O doador precisa estar em condições clínicas que permitem a doação, sem apresentar problemas que comprometam a viabilidade dos órgãos.

Quem não pode ser um doador de órgãos?

Embora a doação tenha critérios mínimos de seleção e poucas restrições, há pessoas que não podem ser doadoras. Por exemplo, fumantes não podem doar os pulmões. Outras condições que podem vetar a doação incluem:

  • Soropositivos ao HIV;
  • Portadoras de hepatites B e C;
  • Diagnosticadas com doença de Chagas;
  • Com câncer generalizado.

Setembro Verde: Dia Nacional da Doação de Órgãos

Ações como a campanha Setembro Verde e o Dia Nacional da Doação de Órgãos demonstram a importância da doação de órgãos e contribuem para ampliar o debate sobre o assunto. Dados do Ministério da Saúde apontam que houve um aumento de 17% nas doações em 2023 em comparação ao ano anterior, o que possibilitou registrar o maior número de transplantes de órgãos em dez anos.

Existe um longo trabalho ainda para melhorar o cenário da doação de órgãos no país e demonstrar a importância da doação de órgãos para a população. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o alto índice de recusa familiar se deve à falta de conhecimento sobre o que é a morte encefálica, à crença de que o familiar possa se recuperar e a alguns fatores religiosos.

Afinal, qual é a importância da doação de órgãos?

A principal importância da doação de órgãos é salvar vidas. Pacientes em estado grave dependem de um doador para ter a chance de viver. Um doador pode beneficiar vários pacientes que estão na lista de espera com esperanças na plena recuperação.

A sobrevivência não é o único fator de importância da doação de órgãos. Esse processo também pode permitir uma melhor qualidade de vida para pacientes que sofrem com diversas doenças e dependem de tratamentos contínuos, como a diálise nos casos de problemas renais crônicos.

Fontes:

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

Ministério da Saúde

Universidade Federal de São Paulo

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