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Efeitos pulmonares pós-COVID
Imagem ilustrativa do vírus
4 min. de leitura

Com o decorrer da pandemia de Covid-19, cada vez mais ficam evidentes os cuidados com as sequelas pulmonares que a sucedem

Definida como uma infecção respiratória aguda com potencial de gravidade clínica, a Covid-19 é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. A nomenclatura “Covid” é formada pela junção das palavras referentes à (co)rona (vi)rus (d)isease, ou seja, “doença do coronavírus” em português. O número 19 é relacionado ao ano de 2019, em que os primeiros casos foram publicamente divulgados.

Os sintomas mais frequentes incluem cansaço, febre e tosse. Porém, algumas pessoas também podem apresentar outros sintomas.

No final de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto deste novo coronavírus como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A elevação da enfermidade ao nível máximo de status buscou aprimorar a coordenação e a cooperação global para interromper a propagação do vírus no contexto da pandemia.

Depois de recuperados, uma parte de pacientes acometidos apresentam sequelas no cérebro, rins, pulmões e coração. Os efeitos pulmonares pós-COVID podem ser muito graves.

Por que a Covid-19 afeta o pulmão?

A transmissão ocorre por gotículas respiratórias e salivares de uma pessoa infectada ao tossir ou espirrar (semelhante à  gripe comum) presentes no ambiente ou em superfícies contaminadas. O vírus ataca principalmente os alvéolos no pulmão, iniciando uma inflamação grave. Os alvéolos são pequenos sacos de ar responsáveis por oxigenar o sangue dentro dos pulmões. Com a invasão ao sistema respiratório, o sistema de defesa encara o micro-organismo como uma ameaça e dispara um processo inflamatório de combate a esse agente.

Com a inflamação dos alvéolos, pode ocorrer o preenchimento desses sacos de ar com líquido, prejudicando a troca gasosa que oxigena o sangue. Além de não receber o oxigênio suficiente no sangue, o organismo não consegue eliminar o gás carbônico, que, em excesso, é um acúmulo tóxico. Esse conjunto de fatores provoca a falta de ar e o paciente passa a necessitar de cuidados médicos imediatos sob risco de morte. Como consequência da inflamação no pulmão há também uma fragilização que propicia a entrada de bactérias, sobrepondo essas duas doenças, com a virose do Covid-19 e a pneumonia bacteriana. Este cenário contribui para os efeitos pulmonares pós-Covid.

A comunidade científica debate ainda sobre a persistência de um estado inflamatório crônico que altera o metabolismo dos pacientes afetados. Trata-se de uma situação que também culmina em efeitos pulmonares pós-Covid associados aos sintomas tardios da enfermidade, com risco de doença tromboembólica a longo prazo.

Quais os principais sintomas respiratórios da Covid-19?

Com o desenvolvimento do quadro patológico no corpo humano, a pessoa com Covid-19 desenvolve sintomas respiratórios de tosse, falta de ar, congestão nasal e coriza.

Os fatores envolvidos nas sequelas respiratórias pós-Covid

Além dos efeitos pulmonares pós-Covid, pesquisas indicam que uma síndrome de liberação de sinalizadores imunológicos durante a infecção também está envolvida nas sequelas. As sequelas também podem estar associadas aos seguintes contextos:

  • Toxicidade provocada pelas drogas do tratamento;
  • Alta pressão nas vias aéreas;
  • Exposição a um excesso de oxigênio;
  • Infecções hospitalares;
  • Problemas nutricionais e metabólicos;
  • Complicações do coronavírus, como trombose e infarto.

No período agudo da infeção, a Covid-19 pode provocar danos em vários órgãos, aumentando o risco de problemas de saúde a longo prazo. Existem casos de pessoas que continuam a manifestar queixas de sintomas por meses após o início da infecção, algumas delas em decorrência de efeitos pulmonares pós-Covid.

Sequelas mais comuns pós-Covid no pulmão

Os sintomas persistentes afetam desde pessoas que tiveram quadros severos até aquelas com manifestações mais brandas durante a infecção (independentemente dos fatores de risco). Dentre os sintomas persistentes mais comuns, estão:

  • Dores torácicas;
  • Fadiga e falta de ar;
  • Dificuldades de concentração;
  • Depressão e ansiedade;
  • Dores musculares e articulares;
  • Dores de cabeça;
  • Aumento na frequência cardíaca;
  • Febre intermitente.

Para os efeitos pulmonares pós-Covid, têm destaque o risco de fibrose pulmonar, bronquiectasia e trombose pulmonar. Essas condições podem se manifestar com baixos níveis de saturação de oxigênio, dor no peito e nas costas, tonturas, desmaios e fadiga intensa.

Na ocorrência de danos irreversíveis destes efeitos pulmonares pós-Covid pode haver até necessidade de transplante de pulmão, por impacto no funcionamento eficaz do órgão.

Cuidados pós-Covid

A principal recomendação quanto aos efeitos pulmonares pós-Covid e outras sequelas é procurar auxílio médico profissional. Durante a consulta, será verificado o estado geral de saúde por exames clínicos e complementares a fim de indicar o tratamento mais adequado para cada caso.

Fontes:

Ministério da Saúde

Fiocruz

OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde)

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

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