O transplante de pulmão é um procedimento indicado para indivíduos com doença respiratória grave e em progressão
O transplante de pulmão é uma intervenção cirúrgica que consiste na substituição de um pulmão doente por um pulmão saudável, sendo um recurso terapêutico reservado a pacientes que apresentam condições respiratórias graves e que já passaram por outros tratamentos menos invasivos, mas que não apresentaram melhora suficiente para alcançar bem-estar e qualidade de vida.
O órgão saudável que é transplantado no paciente doente é proveniente de um doador, o que torna o procedimento relativamente difícil. Entenda, a seguir, mais detalhes sobre como funciona a doação para transplante de pulmão.
Como é realizado o transplante pulmonar?
Para a realização da cirurgia para transplante de pulmão, o cirurgião de tórax remove o pulmão doente. Após esse procedimento, o novo pulmão é colocado na cavidade torácica do paciente, e o médico liga os vasos e as vias aéreas ao novo órgão. Trata-se de uma cirurgia bastante extensa e que pode ser bastante delicada.
Em geral, o procedimento é indicado a pacientes que apresentam uma doença pulmonar avançada e que esteja em progressão, ou seja: uma condição que leva o órgão a se tornar incapaz de fornecer a quantidade de oxigênio necessária para o funcionamento do corpo, reduzindo a expectativa de vida do indivíduo e comprometendo sua qualidade de vida. Entre as principais doenças que podem levar à necessidade deste procedimento, estão:
- Fibrose cística;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) grave;
- Fibrose pulmonar;
- Hipertensão pulmonar;
- Sarcoidose;
- Doença intersticial pulmonar;
- Bronquiectasia severa.
Como funciona a doação para transplante de pulmão: critérios para ser um doador
Na maioria dos casos em que o transplante pulmonar é indicado, o paciente apresenta ambos os pulmões comprometidos pela doença, necessitando de um doador que sofreu morte encefálica.
É muito comum que as pessoas tenham dúvidas em relação a como funciona a doação para transplante de pulmão. No Brasil, no entanto, a doação de órgãos só é realizada após a autorização de algum familiar do indivíduo falecido. Por isso, caso seja do seu interesse ser um doador de pulmão ou qualquer outro órgão ou tecido, é importante explicitar esse desejo a seus familiares.
Como funciona a lei de doação de órgãos?
Para entender como funciona a doação para transplante de pulmão, é necessário levar em consideração a Lei nº 9.434/2007, regulamentada pelo Decreto nº 9.175/2017, que trata justamente da remoção de órgãos e tecidos para transplantes e demais tratamentos. De acordo com a legislação, a retirada dessas estruturas post mortem é permitida apenas após confirmação diagnóstica de morte encefálica, que deve ser registrada por dois médicos.
Além disso, a retirada dos tecidos e órgãos precisa ser autorizada pelo cônjuge ou parente do indivíduo. Caso o paciente manifeste, em vida, a vontade de ser doador de órgãos, esta vontade deve ser respeitada — especialmente se estiver devidamente registrada.
Quanto custam os procedimentos de doação de órgãos?
Uma das principais preocupações em relação a como funciona a doação para transplante de pulmão diz respeito aos custos relacionados ao processo. É importante que as pessoas saibam que não há qualquer custo para o doador ou sua família, assim como não há nenhum ganho financeiro — já que a legislação brasileira exige que a doação seja um ato altruísta, sem interferência econômica.
A maioria dos transplantes realizados no Brasil é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e o Brasil se destaca por apresentar um dos maiores programas de transplantes do mundo. É possível o transplante ser realizado através de convênios médicos ou de forma privada, entretanto a lista de espera para receber o órgão é a mesma. Para tirar suas dúvidas sobre como funciona a doação para transplante de pulmão e entender mais sobre este procedimento, entre em contato.
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