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Dia Nacional da Doação de Órgãos: conheça os números no Brasil
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4 min. de leitura

O Dia Nacional da Doação de Órgãos no Brasil é contemplada na data de 27/09 e busca conscientizar e informar as pessoas sobre a importância da doação

O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes de órgãos, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos. Desse total, cerca de 4,8 mil corresponderam a transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros.

Atualmente, estima-se que cerca de 50 mil pessoas estejam aguardando por um transplante no país.

O que é a doação de órgãos no Brasil?

A doação de órgãos é um ato pelo qual a pessoa manifesta a vontade de doar uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, após constatada sua morte encefálica.

Tipos de doadores

A doação de órgãos no Brasil reconhece dois tipos de doadores:

Doador vivo

É a pessoa maior de idade e capaz, juridicamente, de doar seus órgãos, como um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou dos pulmões, ainda em vida, aos seus familiares.

Para essa doação, é preciso haver compatibilidade sanguínea entre doador e receptor, além da realização de testes para selecionar o doador com mais chances de sucesso.

Doadores não vivos

São pacientes assistidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que apresentam morte encefálica, ou seja, situação irreversível e definitiva. A doação de órgãos no Brasil permite que essa pessoa doe vários órgãos ou tecidos.

Quem recebe os órgãos doados?

A Central de Transplantes da Secretaria da Saúde de cada estado é quem cuida de todos os processos de doação de órgãos no Brasil. Ela é comunicada assim que a família informa aos médicos ou hospital o desejo que o paciente tinha de doar seus órgãos e autoriza essa retirada.

Essa central tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está na fila esperando um órgão. Essa lista é monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Dessa forma, é possível que nem sempre a primeira pessoa da fila será quem receberá o órgão.

Quais órgãos podem ser doados?

A doação de órgãos feita por um único doador pode beneficiar até 25 vidas, sendo os órgãos mais comuns:

  • Coração;
  • Fígado;
  • Rim;
  • Pâncreas;
  • Pulmão;
  • Intestino;
  • Estômago.

Já a doação de tecidos inclui:

  • Sangue;
  • Córnea;
  • Pele;
  • Medula óssea;
  • Patela;
  • Costelas;
  • Ossos longos;
  • Vasos sanguíneos;
  • Tendões.

Como se tornar um doador de órgãos?

A doação de órgãos no Brasil não exige do doador nenhuma autorização por escrito. Basta a pessoa avisar sua família que tem interesse em doar seus órgãos e tecidos. São os familiares os responsáveis pela autorização da doação de órgãos no Brasil após o falecimento do ente.

Além de deixar expressa essa vontade, é necessária a comprovação da morte cerebral do doador para retirada de órgãos sólidos como coração, fígado, rins e outros.

Quem não pode ser doador de órgãos?

A doação de órgãos no Brasil só é permitida após a confirmação da morte encefálica do paciente, que é o falecimento do cérebro, incluindo o tronco cerebral, que desempenha funções vitais no organismo. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável.

Embora o paciente ainda possa ter batimentos cardíacos, não é mais possível respirar sem a ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas horas. A morte encefálica é uma situação irreversível; significa o óbito da pessoa.

O diagnóstico de morte encefálica é dado por dois médicos diferentes, responsáveis por examinar o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.

Mesmo que a pessoa manifeste o desejo de doar seus órgãos após sua morte, a doação de órgãos no Brasil não permite a doação nos seguintes casos:

  • Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, doença de Chagas, entre outras;
  • Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos;
  • Pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas.

Dia Nacional da Doação de Órgãos: Setembro Verde e a sua importância

Devido aos baixos números de doadores de órgãos no Brasil, o Ministério da Saúde criou o Dia Nacional da Doação de Órgãos com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância dos transplantes.

A campanha buscar mostrar os benefícios da doação para salvar vidas e a importância de conversar e manifestar o desejo da doação para os familiares, que serão os responsáveis por essa decisão.

Por que a doação de órgãos ainda é um tabu no Brasil?

O principal motivo que impede a doação de órgãos no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é a recusa familiar, que pode ocorrer por diversos motivos, como falta de conhecimento do desejo do parente em ser doador, questões religiosas, entre outras.

Nossa clínica possui uma equipe de médicos altamente qualificados para atender você e sua família! 

Fontes:

Ministério da Saúde

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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