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Tosse
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

A tosse, considerada um sintoma e não uma doença, é um mecanismo do corpo contra processos irritativos e presença de agentes agressores

A tosse é caracterizada pela expiração repentina, vigorosa e involuntária de ar, levando à expulsão súbita e forçada do ar presente nos pulmões. É um reflexo natural do aparelho respiratório, que ocorre como consequência de um processo irritativo, e não pode ser considerado uma doença — sendo que, muitas vezes, sequer é um sintoma de problema de saúde.

Há dois tipos de tosse, sendo que a diferença entre elas está na presença ou não de muco: a tosse produtiva se caracteriza pela movimentação e eliminação de secreção, enquanto a seca não produz catarro. A secreção eliminada pela tosse produtiva é uma mistura de muco, detritos e células expelidas pelos pulmões, podendo se apresentar em coloração amarelada, esverdeada ou com estrias de sangue.

Tossir com muita força e frequência pode forçar os músculos e a cartilagem das costelas, provocando dor torácica e diversos outros desconfortos, prejudicando o sono e a qualidade de vida do indivíduo. Uma vez que a tosse pode ser um importante sintoma de doenças variadas, incluindo algumas bastante graves, é importante sempre investigar as causas dessa manifestação — especialmente quando ela se torna crônica ou muito intensa.

Quais são as causas da tosse?

A tosse pode estar tanto associada a agentes externos, como ser um sintoma de alguma doença em curso no organismo. O tabagismo pode ser apontado como uma das principais causas dessa manifestação, uma vez que este hábito aumenta o volume de muco produzido pelos brônquios, causa destruição das mucosas, facilita o acúmulo de material estranho nas vias aéreas e causa danos aos cílios que recobrem os brônquios internamente.

Outras causas comuns da tosse incluem:

  • Sinusite;
  • Alergia respiratória;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Asma;
  • Infecções do trato respiratório superior;
  • Crise de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Pneumonia;
  • Irritação das vias aéreas que permanece após cura de infecção respiratória;
  • Covid-19.

Além disso, a tosse pode estar relacionada a quadros mais específicos, como presença de coágulos pulmonares ou corpos estranhos que foram aspirados, tuberculose, infecções fúngicas do pulmão e até mesmo câncer.

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Dicas para aliviar a tosse

Nem todo quadro de tosse necessariamente exige a avaliação imediata de um médico pneumologista. Inicialmente, esse sintoma pode ser apenas acompanhado pelo paciente, que deverá se manter atento à possível piora do quadro ou surgimento de outros sintomas respiratórios. Para aliviar os desconfortos associados à tosse, a princípio, algumas ações que podem ajudar são:

  • Manter o corpo hidratado: a água ajuda a aliviar a irritação da garganta e hidrata as vias respiratórias, favorecendo a recuperação dos tecidos e a redução da tosse;
  • Evite alérgenos: manter-se longe de fumaça de cigarro, poluição e pólen é um cuidado que pode aliviar bastante a manifestação de tosse;
  • Mantenha o ambiente umidificado: o clima seco favorece o ressecamento da garganta e piora crises de tosse. Por isso, um umidificador de ar pode ajudar bastante na redução deste desconforto;
  • Chás e mel: o mel é uma substância que ajuda a hidratar e proteger as mucosas da garganta, sendo uma excelente opção para combater e aliviar a tosse.

Sintomas que podem acompanhar a tosse

Muitas vezes, a tosse é acompanhada de outros sintomas que ajudam a esclarecer suas causas. Os principais sintomas são:

  • Secreção nasal (coriza);
  • Chiado no peito ou falta de ar;
  • Sensação de secreção que escorre do fundo da garganta;
  • Queimação no estômago e gosto amargo na boca;
  • Tosse com sangue.

Quando procurar um médico?

Uma vez que a tosse pode estar associada a diferentes causas, que vão desde irritações leves até doenças mais graves, é importante que os pacientes estejam atentos à duração da tosse, bem como à sua intensidade e sintomas associados. Em geral, pessoas com tosse aguda, mas sem sinais de alerta, podem aguardar alguns dias para ver se o sintoma diminui — especialmente se houver congestão nasal e dor de garganta, sintomas que sugerem uma gripe comum.

É recomendado procurar um médico nos casos em que a tosse é acompanhada de febre alta, dificuldade para ingerir alimentos e bebidas, vômitos e falta de ar. No caso da eliminação de muco com sangue, ou quando houver inalação de objetos, é indicado procurar auxílio médico com urgência. Também é recomendado se consultar com um especialista quando há tosse crônica, mesmo sem outros sinais de alerta.

Quando a tosse se torna crônica?

A tosse é considerada crônica após 6 a 8 semanas de duração. Esse tipo de manifestação precisa ser investigado, uma vez que geralmente está relacionado a uma condição mais grave. Nesse caso, o ideal é que o paciente seja avaliado por um médico pneumologista, que poderá avaliar as características do sintoma e solicitar os exames apropriados para diagnóstico do problema que está causando esse desconforto no organismo.

Tratamentos para tosse

O tratamento da tosse vai depender diretamente de sua causa. Como foi visto, existem diversos fatores que podem levar a esse sintoma, e um diagnóstico bem estabelecido é fundamental para a identificação da metodologia terapêutica mais adequada para cada caso. É muito importante que os pacientes entendam que a tosse, por si só, não é uma doença, sendo essencial identificar sua origem.

Por mais que existam inúmeros xaropes, pastilhas e métodos caseiros que prometem combater a tosse, a automedicação jamais deve ser uma prática adotada pelos pacientes. Recorrer a esses recursos, sem a devida orientação médica, pode muitas vezes ser mais prejudicial do que benéfico, uma vez que mascara um importante sintoma e interrompe um importante mecanismo de defesa do corpo.

Apenas um médico poderá avaliar criteriosamente os sintomas apresentados, bem como o histórico de saúde do indivíduo, solicitando exames complementares e chegando a um diagnóstico adequado para a condição. Com base nisso, esse profissional indicará a metodologia terapêutica ideal para o quadro apresentado — que pode incluir uso de medicamentos, realização de intervenções específicas, mudanças nos hábitos e até mesmo fisioterapia respiratória.

Para saber mais sobre a tosse e tirar suas dúvidas sobre outras condições respiratórias, entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da TxTórax.

Fontes:

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

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