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Simpatectomia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Cirurgia para tratar hiperidrose, a simpatectomia é uma intervenção minimamente invasiva que bloqueia os estímulos de suor em determinada área do corpo

A simpatectomia é uma intervenção cirúrgica realizada nos nervos simpáticos, parte de um sistema que permite ao organismo humano suportar situações de perigo, esforço ou estresse. Um dos objetivos da operação é interromper as fibras nervosas que levam estímulos às glândulas sudoríparas de uma determinada parte do corpo, tratando casos de hiperidrose primária ou localizada.

Em geral, a simpatectomia é realizada quando o suor excessivo se manifesta em uma parte específica do corpo — como mão ou axilas —, não sendo recomendada quando a alteração é generalizada ou secundária a outras doenças. O procedimento é minimamente invasivo, realizado por um cirurgião de tórax, e deve ser sempre individualizado de acordo com as características e necessidades do paciente.

Entenda o que é hiperidrose

A hiperidrose é uma condição que se caracteriza pela produção excessiva de suor, podendo afetar o indivíduo de maneira generalizada (fazendo com que a sudorese se manifeste em diversas áreas do corpo) ou em pequenas áreas, como palmas das mãos, planta dos pés ou axilas.

Vale lembrar que a sudorese é uma manifestação normal do corpo humano, ajudando o organismo a manter sua temperatura ideal. Indivíduos com hiperidrose transpiram mais do que o necessário para promover a regulação da temperatura corporal, muitas vezes fazendo com que a pessoa apresente suor excessivo mesmo em repouso.

Consequências da hiperidrose

A hiperidrose não é um distúrbio grave do ponto de vista físico, uma vez que não apresenta risco de agravamento ou risco à vida do indivíduo. Porém, a condição pode afetar drasticamente o bem-estar e qualidade de vida do paciente, uma vez que pode causar constrangimento e desconforto, fazendo com que a pessoa evite relacionamentos e eventos sociais de modo geral.

Muitas pessoas têm, inclusive, sua vida profissional diretamente afetada por essa condição. É o caso, por exemplo, de tenistas ou músicos que apresentam suor excessivo na palma das mãos e acabam tendo dificuldades de manusear seus equipamentos de trabalho de maneira segura. Em ambos os contextos — vida social ou profissional —, é importante investigar as causas da hiperidrose e encontrar maneiras de minimizar os prejuízos da condição à vida do paciente.

Quando a simpatectomia é indicada?

A simpatectomia é indicada nos casos de hiperidrose primária — ou seja: quando a disfunção não é uma consequência de outras doenças — que não respondeu bem a tratamentos mais conservadores, como uso de medicamentos ou antitranspirantes. Para que a cirurgia seja recomendada, também é necessário avaliar o quanto a sudorese afeta a qualidade de vida do paciente.

Em geral, quando o paciente com hiperidrose primária sofre com constrangimento ou sente que as atividades do seu cotidiano são afetadas pela condição, a intervenção é recomendada. A cirurgia é realizada principalmente com o intuito de tratar o suor excessivo nas mãos, axilas ou região craniofacial. Em casos muito específicos, a simpatectomia também pode ser indicada nos casos de:

  • Rubor facial;
  • Dores crônicas;
  • Síndrome de Raynaud;
  • Alterações vasculares isquêmicas que afetam os membros inferiores ou superiores.

Como é o pré-operatório da simpatectomia?

Os cuidados pré-operatórios da simpatectomia são muito semelhantes ao de outras cirurgias, e incluem principalmente a realização de exames para verificar as condições de saúde do paciente e identificar condições que podem comprometer o processo de recuperação após a intervenção.

A preparação para a cirurgia inclui uma análise laboratorial e também criteriosa do histórico clínico do paciente e de seus hábitos de vida, realizando ajustes conforme necessário. Podem ser recomendados, por exemplo, a eliminação do tabagismo, adoção de dieta adequada e cuidado com o uso de medicamentos de ação anticoagulante. Todos esses cuidados prévios devem ser personalizados e adequados à realidade e necessidade do paciente.

Como é feita a cirurgia de simpatectomia?

A simpatectomia torácica não é considerada uma cirurgia complexa, mas demanda ambiente hospitalar e administração de anestesia geral. Normalmente, o procedimento é realizado por metodologia minimamente invasiva, com auxílio de videocirurgia: o cirurgião faz pequenas incisões na lateral do tórax do paciente, por onde são inseridos os instrumentos cirúrgicos e a câmera que permite a visualização das estruturas internas da cavidade torácica.

A cirurgia é realizada no sistema nervoso simpático, que age principalmente estimulando reações específicas do organismo — como a aceleração do coração e produção de suor diante de determinadas situações. A simpatectomia consiste na interrupção do estímulo de suor, o que é feito de maneira relativamente simples: por meio da secção de uma cadeia nervosa. Com isso, o estímulo nervoso do suor é interrompido. É importante salientar que esse procedimento não traz prejuízo para a função cardíaca.

Como é o pós-operatório da simpatectomia torácica?

A recuperação da simpatectomia é considerada simples, e demanda poucos cuidados por parte do paciente. Em geral, é necessário que o indivíduo fique em repouso por cerca de 1 a 4 dias, podendo retomar as atividades habituais de maneira gradativa após esse período. A prática de atividades físicas intensas deve ser evitada por aproximadamente 15 dias, devendo ser liberada pelo cirurgião.

Os efeitos da simpatectomia podem ser notados imediatamente após o procedimento, com a hiperidrose sendo controlada de maneira efetiva e definitiva. Um dos possíveis efeitos colaterais, entretanto, é a chamada sudorese compensatória, que consiste na redistribuição do suor para outras áreas do corpo. A maioria dos pacientes relata que esse tipo de suor é bem mais tolerável e menos incômodo do que a hiperidrose primária.

Para saber mais sobre a simpatectomia e tirar suas dúvidas sobre esse tratamento, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da clínica TxTórax.

Fonte:

Clínica TxTórax

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