Procedimento consiste na coleta de fragmentos pulmonares para análise laboratorial e identificação de alterações
A biópsia pulmonar é um procedimento que consiste na retirada de pequenos fragmentos de pulmão, traqueia ou brônquios e envio desta amostra para análise patológica em laboratório. O objetivo é avaliar anormalidades presentes no pulmão com o intuito de diagnosticar doenças, sendo frequentemente realizado com o propósito de esclarecer se um nódulo pulmonar é benigno ou maligno.
Existem variadas maneiras de realizar uma biópsia pulmonar, sendo que cada método possui vantagens e indicações específicas. É responsabilidade do médico pneumologista ou cirurgião torácico responsável por acompanhar o caso identificar a metodologia mais adequada para o quadro apresentado pelo paciente.
Quando uma biópsia precisa ser feita?
De modo geral, as biópsias são solicitadas diante da suspeita de que um determinado tecido do organismo possui uma alteração que não pode ser visualizada a partir de outros exames menos invasivos. Em geral, esse tipo de investigação ajuda a observar qualquer tipo de alteração na forma ou tamanho das células, possibilitando a identificação de diversos problemas de saúde.
A biópsia pulmonar, portanto, geralmente é realizada em pacientes que apresentam alguma anormalidade no pulmão que precisa ser esclarecida, especialmente no que diz respeito à malignidade ou benignidade de nódulos existentes. A avaliação também pode ser solicitada nos casos em que o paciente apresenta algum processo infeccioso que precisa ter seu agente identificado, ajudando na orientação do tratamento.
Como se preparar para uma biópsia?
Uma vez que a biópsia pulmonar pode ser realizada a partir de diferentes metodologias, a preparação para este procedimento é bastante variável. Na maioria dos casos, não há necessidade de internação hospitalar, mas pode ser necessário fazer exames prévios e jejum para se submeter à anestesia. O tempo de jejum é definido de acordo com o tipo de anestesia a ser administrada: local ou geral.
Também pode ser necessário suspender o uso de medicamentos que podem favorecer intercorrências durante ou após o procedimento. Todas as recomendações preparatórias para a biópsia de pulmão devem ser avaliadas pelo médico, que considera tanto as particularidades do caso como as características individuais do paciente.
Como é feita a biópsia pulmonar?
Existem diversas maneiras de coletar uma amostra do pulmão, sendo que as principais são:
Broncoscopia
Este é um procedimento invasivo que utiliza um dispositivo chamado broncoscópio, que consiste em um tubo flexível com uma pequena câmera na ponta. Esse aparelho é inserido nas vias aéreas do paciente (nariz ou boca), atingindo a região onde se encontra a lesão suspeita. Com auxílio de ferramentas minúsculas presentes dentro do broncoscópio, são coletadas amostras de tecido para análise laboratorial. Esse procedimento é realizado com o paciente sedado.
Ultrassom endobrônquico
Para a realização deste tipo de biópsia pulmonar, é utilizado um broncoscópio equipado com um transdutor de ultrassom. O aparelho é inserido através da traqueia do paciente, que é submetido a anestesia local. Caso o dispositivo de ultrassom visualize áreas suspeitas, uma agulha de biópsia é inserida pelo dispositivo de broncoscopia, colhendo amostras de tecido que serão enviadas para análise.
Biópsia por agulha
Em geral, existem dois métodos de realizar esse procedimento:
- Biópsia por aspiração com agulha fina: utiliza uma agulha fina para retirar células e pequenos fragmentos de tecido;
- Core biópsia: utiliza uma agulha de maior calibre para remover amostras maiores de tecido.
Toracotomia
Esta é uma intervenção cirúrgica que consiste na realização de uma abertura na parede torácica do paciente com o intuito de observar os órgãos internos e obter amostras de tecido para posterior análise. Caso seja identificada alguma alteração já no momento do procedimento, é possível já realizar a remoção do tumor, de um segmento do pulmão, de um lobo ou do órgão completo. Esse procedimento demanda anestesia geral e um centro cirúrgico completo.
Toracoscopia
Indicada para biópsia pulmonar de lesões periféricas, a toracoscopia é uma cirurgia realizada a partir de um pequeno corte na pele da parede do tórax, por onde o cirurgião insere um instrumento contendo uma câmera de vídeo. Esse é um método menos invasivo do que a toracotomia, oferecendo um tempo de recuperação mais curto.
Mediastinoscopia
Este procedimento retira amostras do espaço localizado entre os pulmões, chamado mediastino. Esse tipo de biópsia pulmonar é realizado com um aparelho semelhante ao broncoscópio.
Há algum risco no procedimento?
É importante que os pacientes saibam que todo procedimento médico envolve riscos, especialmente os mais invasivos. Com a biópsia de pulmão não é diferente, e a intervenção pode causar desconforto pós-operatório, reação ao medicamento utilizado na anestesia, inflamação e até mesmo infecção.
É fundamental conversar abertamente com o médico antes da biópsia, de modo a entender todos os riscos do procedimento e tirar todas as dúvidas relacionadas à intervenção, cuidados necessários e possíveis complicações.
Como entender o resultado da biópsia pulmonar?
A biópsia em si consiste na coleta de uma amostra de tecido ou células que serão enviadas para análise laboratorial. A análise será feita por um médico patologista, que emitirá um laudo a respeito do que foi encontrado na amostra coletada.
O ideal é que os pacientes aguardem o retorno com o médico responsável por solicitar a biópsia de pulmão para entender os resultados do exame. Apenas um especialista em pneumologia ou cirurgião torácico poderá — com base nos sintomas apresentados pelo indivíduo, histórico clínico do paciente, análise clínica e informações contidas no laudo da biópsia — chegar a um diagnóstico preciso do problema de saúde que está afetando o paciente.
Para saber mais sobre a biópsia pulmonar, entre em contato com os profissionais da TxTórax.