Conheça opções de diagnóstico, cirurgias e alternativas para tratar pectus de forma eficaz e segura
O pectus é uma deformidade da parede torácica que pode se apresentar de duas formas principais: pectus excavatum, quando o esterno se encontra afundado, ou pectus carinatum, caracterizado pela projeção do esterno para frente. Essas alterações não afetam apenas a estética e a autoestima, mas podem comprometer a respiração, o desempenho físico e a qualidade de vida.
Considerando os tantos impactos que essa condição pode causar, é importante busca atendimento o quanto antes para tratar pectus. Atualmente, há opções tanto não cirúrgicas quanto cirúrgicas, permitindo soluções personalizadas de acordo com a gravidade e as necessidades de cada paciente.
O que é Pectus e por que tratar?
O pectus é causado pelo crescimento irregular das cartilagens costais e do esterno. Em alguns casos, a condição é leve e não traz prejuízos funcionais, mas em outros pode estar associada a problemas respiratórios, cardiológicos e a postura.
Quando se fala em tratar pectus, deve-se pensar além da estética, pois envolve preservar a saúde, melhorar a função respiratória, prevenir complicações futuras e oferecer bem-estar emocional. O tratamento do pectus também ajuda a recuperar a autoconfiança, especialmente em adolescentes e jovens adultos.
Quem deve procurar tratamento para o Pectus?
Nem todas as pessoas com deformidades leves precisam de intervenção, mas é recomendada avaliação médica em todos os casos para que isso seja determinado por um profissional. Ou seja, crianças, adolescentes e adultos que percebem alterações no tórax devem ser avaliados por um cirurgião torácico.
Alguns sinais podem indicar maior urgência para se procurar tratamento do pectus. Eles incluem:
- Dificuldade para respirar durante exercícios;
- Dor ou desconforto no peito;
- Fadiga frequente;
- Impacto psicológico e baixa autoestima devido ao formato do tórax.
Avaliação inicial e diagnóstico
O diagnóstico do pectus começa com uma avaliação clínica detalhada, na qual o especialista examina o formato do tórax e investiga sintomas. Em seguida, exames de imagem e testes funcionais — como a tomografia computadorizada do tórax, radiografias e exames cardiológicos e respiratórios — podem ser solicitados para definir a gravidade e o impacto da deformidade.
Essas informações orientam a escolha da melhor forma de tratar pectus, uma vez que, como já mencionado, diferentes abordagens podem ser adotadas conforme as características de cada paciente.
Tratamentos não cirúrgicos para Pectus
Em casos leves, o tratamento do pectus pode ser feito sem cirurgia, especialmente em crianças e adolescentes, já que o tórax continua em fase de crescimento. Entre as opções estão órteses compressivas dinâmicas, coletes ajustáveis que remodelam o esterno e são indicados principalmente para tratar pectus carinatum.
Outra opção de tratamento não cirúrgico é a realização de fisioterapia e exercícios respiratórios, que fortalecem os músculos da parede torácica, melhoram a postura e auxiliam na melhora da capacidade pulmonar e qualidade de vida.
Como dito, essas medidas são amplamente indicadas para tratar pectus em casos mais leves, em que a deformidade é discreta, e não substituem a cirurgia em casos mais graves.
Cirurgias para tratamento do Pectus
Quando a deformidade é moderada ou grave, a cirurgia se torna a opção mais indicada para tratar pectus. O objetivo do procedimento é reposicionar o esterno e remodelar a parede torácica, devolvendo não apenas a simetria estética, mas também melhorando a função respiratória e, em alguns casos, até o desempenho cardíaco.
Atualmente, existem duas técnicas principais:
- Cirurgia de Nuss (minimamente invasiva): indicada principalmente para o tratamento do pectus excavatum. Nesse procedimento, o cirurgião insere uma ou mais barras metálicas por pequenas incisões laterais no tórax. Essas barras empurram o esterno para a posição correta, remodelando gradualmente a parede torácica. É uma técnica bastante popular por proporcionar bons resultados estéticos e menor tempo de internação.
- Cirurgia de Ravitch (aberta): geralmente utilizada em casos complexos ou quando a técnica de Nuss não é adequada. Nessa abordagem, há a remoção das cartilagens costais alteradas e reposicionamento do esterno com auxílio de suportes. Apesar de mais invasiva, também apresenta resultados muito satisfatórios.
A escolha da técnica depende de critérios como a idade do paciente, a gravidade da deformidade e a presença de sintomas associados. Por isso, apenas um especialista pode definir qual cirurgia deve ser indicada para tratar pectus em cada caso.
Em geral, o tratamento do pectus por via cirúrgica é considerado seguro, principalmente se realizado por profissionais e equipes experientes em cirurgias torácicas.
Recuperação após o tratamento
A recuperação após a cirurgia de tratamento do pectus pode variar de acordo com a técnica utilizada. Na maioria dos casos, o paciente permanece internado de 3 a 7 dias.
O retorno às atividades leves pode ocorrer em algumas semanas, enquanto atividades físicas intensas geralmente são liberadas após 3 a 6 meses. Em casos de cirurgia com barra metálica, a remoção costuma ser feita após 2 a 4 anos.
Vale lembrar que, se as orientações médicas forem seguidas adequadamente, a maioria dos pacientes consegue tratar pectus com excelente recuperação funcional e estética.
Idade ideal para o tratamento do Pectus
Geralmente, é estabelecido que a idade ideal para tratar pectus é entre 11 e 18 anos, fase em que o corpo ainda está em crescimento e o tórax é mais maleável, favorecendo resultados melhores.
No entanto, isso não significa que adultos não possam passar pelo tratamento do pectus. Com as técnicas modernas, pacientes de diferentes idades podem se beneficiar das correções, desde que bem avaliados e indicados pelo especialista.
O tratamento é definitivo?
Em grande parte dos casos, sim. Após a correção cirúrgica adequada, o tratamento do pectus apresenta resultados duradouros. Quando a cirurgia de Nuss é realizada, a retirada da barra metálica não costuma trazer retorno da deformidade.
Já nos casos que podem ser tratados com órteses, o resultado depende da adesão ao uso contínuo e do acompanhamento médico. De forma geral, quando indicado e feito corretamente pelo paciente, é possível tratar pectus de forma definitiva.
Riscos e possíveis complicações
Como em qualquer procedimento médico, o tratamento do pectus pode envolver riscos. Entre os principais estão:
- Dor no pós-operatório;
- Infecção no local da cirurgia;
- Deslocamento da barra metálica (em casos de cirurgia de Nuss);
- Cicatrizes visíveis, embora geralmente discretas.
Apesar disso, a taxa de sucesso é elevada e a maioria dos pacientes relata grande satisfação ao tratar pectus. Vale lembrar que a escolha de um especialista experiente no diagnóstico e tratamento dessa condição e a adesão correta ao tratamento são ações que reduzem significativamente a chance de complicações.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica



