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Pleuroscopia: o que é e como funciona?
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3 min. de leitura

A técnica permite visualizar a cavidade pleural e pode ser utilizada para fins terapêuticos ou diagnósticos

A pleuroscopia, também conhecida como toracoscopia ou videopleuroscopia, é um procedimento minimamente invasivo amplamente utilizado para diagnóstico e tratamento de condições que afetam a pleura, membrana que reveste os pulmões e o interior da parede torácica. Esse exame é um importante instrumento para auxiliar nos tratamentos de patologias que acometem a região torácica.

Continue a leitura para entender melhor como a pleuroscopia funciona, suas indicações, quais cuidados são necessários e os riscos envolvidos no procedimento.

O que é pleuroscopia?

A pleuroscopia é um procedimento endoscópico que permite a visualização da cavidade pleural, o espaço entre os pulmões e a caixa torácica. Utilizando um instrumento chamado toracoscópio, inserido através do tórax por pequenas incisões, o médico consegue ver, por meio de uma câmera, o interior dessa estrutura. Com isso, é possível identificar alterações, realizar biópsias e até mesmo tratar condições como derrames pleurais ou aderências.

A pleuroscopia é feita com anestesia geral ou sedação, dependendo do caso e do paciente. Trata-se de uma alternativa pouco invasiva em comparação às cirurgias abertas tradicionais, oferecendo menores riscos e um tempo de recuperação mais curto ao paciente.

Quando a pleuroscopia é indicada?

A pleuroscopia pode ser indicada para diferentes finalidades, como diagnóstico e tratamento de doenças pleurais. As principais recomendações do procedimento são:

  • Drenar o acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural ocasionado por derrame pleural ou retirar amostra para realizar biópsia;
  • Investigar suspeita de câncer pleural ou pulmonar ao coletar amostras para análise patológica;
  • Avaliação de tumores de mesotelioma pleural, um tipo raro de câncer relacionado à exposição ao asbesto, também conhecido como amianto;
  • Identificar sinais característicos da tuberculose pleural;
  • Diagnosticar e tratar bolhas pulmonares ou aderências que possam estar causando pneumotórax recidivante;
  • Retirar nódulos pulmonares.

Quais os cuidados pré-operatórios necessários?

A pleuroscopia é um procedimento seguro e considerado de baixo risco. Os principais cuidados pré-operatórios são comuns a outras intervenções cirúrgicas que exigem o uso de anestesia e incluem:

  • Realização de exames para atestar as boas condições clínicas do paciente, principalmente para a investigação de doenças cardíacas e renais;
  • Fazer jejum de 8 horas;
  • Informar o cirurgião responsável sobre o uso de medicamentos para possíveis ajustes.

Cuidados pós-operatórios

A pleuroscopia pode exigir a colocação de um dreno para retirar o ar e o líquido acumulado na cavidade pleural, o que influencia no tempo de permanência do paciente no hospital.

Após receber alta, o paciente não deve realizar esforços físicos excessivos para não comprometer o local onde foi feita a intervenção, de modo a evitar sangramentos e dor. Após uma semana, ele é orientado a retornar ao consultório para a retirada do ponto, mas a retomada das atividades de rotina varia de acordo com a finalidade da pleuroscopia e da condição tratada.

Quais os riscos da pleuroscopia?

Embora seja um procedimento seguro, a pleuroscopia apresenta alguns riscos, como em qualquer outra cirurgia. Os principais são:

  • Risco de infecção no local da incisão ou na cavidade pleural;
  • Entrada acidental de ar na cavidade pleural, causando colapso pulmonar e pneumotórax;
  • Ocorrência de sangramentos;
  • Reações anestésicas.

No entanto, a chance dessas complicações ocorrerem são mínimas, principalmente quando o procedimento é executado por um cirurgião torácico experiente e qualificado e quando o paciente segue corretamente todas as orientações pré e pós-operatórias.

Como é a recuperação após a pleuroscopia?

A recuperação costuma ser bem tranquila, mas pode variar de acordo com a condição tratada e a idade do paciente, por exemplo. No geral, se não houver sido realizado nenhum outro procedimento adicional, o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia e pode retomar suas atividades de rotina dentro de 10 a 15 dias, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.

Fonte:

Manual MSD

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