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Tecnologia e precisão no tratamento das doenças do tórax

Qualquer operação no tórax é considerada uma cirurgia torácica. Embora o coração seja o órgão mais conhecido dessa região do corpo, a cirurgia torácica inclui cirurgia nos pulmões, no esôfago, na traqueia, no diafragma, na parede torácica (esterno, costelas e músculos ao redor delas) e no mediastino (a área entre os pulmões).

Um cirurgião pode realizar uma cirurgia torácica por meio de uma abordagem aberta ou por uma cirurgia torácica minimamente invasiva. Saiba mais sobre esta última técnica neste texto.

O que é a cirurgia torácica minimamente invasiva?

A cirurgia torácica minimamente invasiva refere-se à cirurgia no tórax realizada por meio de pequenas incisões — geralmente, entre 0,5 cm e 2 cm — por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera que ajudará o cirurgião a visualizar o interior do tórax. As imagens são transmitidas em alta definição para um monitor, permitindo ao cirurgião operar com precisão e segurança.

As duas técnicas mais utilizadas na cirurgia torácica minimamente invasiva são a videotoracoscopia (VATS), que utiliza uma câmera e instrumentos introduzidos através de pequenas incisões, e a cirurgia robótica, que permite maior precisão, pois é realizada com o auxílio de um robô cirúrgico controlado pelo médico.

Quais doenças podem ser tratadas com essa técnica?

A cirurgia torácica minimamente invasiva pode ser indicada para tratar doenças como:

  • Câncer de pulmão;
  • Derrame pleural;
  • Tumores no esôfago ou timo;
  • Cistos ou tumores no mediastino;
  • Pneumotórax
  • Problemas no diafragma;
  • Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);
  • Hérnias de hiato.

Benefícios da cirurgia minimamente invasiva

As principais vantagens da cirurgia torácica minimamente invasiva incluem:

  • Incisões menores, com menor risco de infecção;
  • Redução de cicatrizes;
  • Menor tempo de internação hospitalar;
  • Menor trauma externo, o que pode significar menos dor e retorno mais rápido às atividades normais;
  • Menos danos aos tecidos, o que pode reduzir as chances de complicações pós-cirúrgicas, como pneumonia;
  • Menor tecido cicatricial interno, o que pode reduzir a complexidade de quaisquer cirurgias futuras que o paciente possa precisar.

Como é feita a cirurgia torácica minimamente invasiva?

Com o paciente sob anestesia geral, três ou quatro pequenas incisões são feitas em sua cavidade torácica e uma pequena câmera, chamada videotoracoscopia, é inserida entre as costelas. Este instrumento transmite imagens de vídeo ao vivo de dentro do tórax para monitores na sala de cirurgia, o que permite que o cirurgião tenha uma visualização perfeita do local operado durante toda a cirurgia torácica minimamente invasiva.

Instrumentos adicionais são inseridos através das outras incisões para realizar o procedimento específico. Uma vez concluída a cirurgia torácica minimamente invasiva, os instrumentos e a câmera são removidos e as incisões são fechadas com suturas. Se for necessário, o cirurgião pode deixar um dreno torácico temporário para remoção de ar ou líquidos.

Quem pode realizar esse tipo de cirurgia?

Cabe ao cirurgião torácico avaliar caso a caso quem é candidato à cirurgia torácica minimamente invasiva. Essa avaliação inclui uma análise da condição específica, do histórico médico e da anatomia do paciente.

No entanto, algumas condições podem ocasionar uma contraindicação para uma cirurgia torácica minimamente invasiva. Entre elas, destacam-se:

  • Aderências pulmonares extensas (pós-infecção ou de cirurgia prévia);
  • Comprometimento respiratório grave;
  • Doenças avançadas ou que exigem ressecções amplas;
  • Casos com urgência e instabilidade clínica do paciente.

Recuperação e pós-operatório

A recuperação total de uma cirurgia torácica minimamente invasiva pode variar dependendo da condição tratada, mas ela costuma ser mais rápida e menos dolorosa do que nas cirurgias tradicionais.

O período de internação pode variar de um a quatro dias. Com o paciente já em casa, é preciso seguir algumas recomendações. São elas:

  • Fazer uso dos medicamentos prescritos pelo cirurgião;
  • Repousar e evitar esforços físicos por pelo menos 15 dias (caminhadas leves ao longo do dia são bem-vindas);
  • Manter-se hidratado;
  • Ter uma alimentação balanceada;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Manter as incisões limpas e secas;
  • Evitar fumar, pois o tabaco prejudica a cicatrização.

O retorno às atividades cotidianas pode ocorrer em duas a três semanas. O acompanhamento pós-operatório é essencial, incluindo exames de imagem, avaliação da função pulmonar e, quando necessário, reabilitação. Como a cirurgia torácica pode alterar a capacidade de respiração, em muitos casos é necessário realizar exercícios respiratórios para recuperar o ritmo e fortalecer a musculatura dessa região.

Cirurgia robótica no tórax: evolução da técnica minimamente invasiva

A cirurgia robótica é a evolução da técnica videotoracoscópica. O que diferencia uma da outra é que, na cirurgia robótica, o cirurgião controla o movimento dos instrumentos a partir de um console e não manipula diretamente os instrumentos durante a operação, garantindo mais precisão aos movimentos e, consequentemente, maior segurança ao paciente.

Quando procurar um cirurgião torácico?

De maneira geral, um cirurgião torácico é procurado quando o paciente recebe encaminhamento para tal profissional depois de um diagnóstico de doença relacionada ao tórax. Se você está em busca de um especialista em cirurgia torácica minimamente invasiva, entre em contato com a Clínica TxTórax.

Fontes:

Cleveland Clinic

UpToDate – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

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