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Bolhas pulmonares: causas, sintomas e como tratar
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4 min. de leitura
01/01/2025
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As bolhas nos pulmões podem ser assintomáticas em muitos casos, mas também podem trazer riscos significativos, dependendo do seu tamanho e quantidade

As bolhas pulmonares, também conhecidas como bolhas enfisematosas ou blebs, são formações anormais de ar dentro dos pulmões. Embora muitos casos sejam assintomáticos, a formação de bolhas pode acarretar condições mais graves, como um pneumotórax espontâneo, que necessita de atendimento médico.

A seguir, entenda melhor o que são as bolhas pulmonares, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

O que são bolhas pulmonares

As bolhas pulmonares podem ser definidas como pequenas bolsas de ar que se formam entre as camadas do tecido pulmonar. Essas estruturas podem variar em tamanho e também se juntar para formar uma bolsa de ar maior em um ou em ambos os pulmões. Geralmente, surgem devido a danos nos alvéolos pulmonares, as unidades responsáveis pelas trocas gasosas. Embora possam ocorrer em qualquer região dos pulmões, são mais comumente encontradas no lobo superior.

Como elas se formam no pulmão?

As bolhas pulmonares surgem quando a parede de vários alvéolos sofrem rupturas, permitindo que o ar escape e fique preso entre as camadas do tecido pulmonar. Essa formação pode ser causada por fatores que enfraquecem os alvéolos, como:

  • Tabagismo, que promove a degradação do tecido pulmonar;
  • Doenças pulmonares crônicas, como enfisema;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que causa obstrução das vias aéreas;
  • Traumas das vias aéreas;
  • Tuberculose e sarcoidose;
  • Predisposições genéticas.

Quais são as causas mais comuns para a formação de bolhas no pulmão?

A formação de bolhas pulmonares está associada a uma combinação de fatores ambientais e genéticos, sendo assim podemos citar como algumas das principais causas das bolhas:

  • Tabagismo: o cigarro é um dos principais fatores de risco para o problema, pois compromete a integridade do tecido pulmonar e acelera o desenvolvimento de enfisema;
  • Histórico familiar: fatores genéticos podem predispor algumas pessoas a ter formação de bolhas pulmonares, mesmo na ausência de fatores de risco;
  • Doenças pulmonares: condições como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) aumentam significativamente a probabilidade de surgimento de bolhas nos pulmões;
  • Traumas torácicos: lesões no tórax podem ocasionar o desenvolvimento de bolhas;
  • Altas pressões: mudanças abruptas de pressão, como as enfrentadas por mergulhadores e montanhistas, também podem causar a condição.

Qual é a gravidade em ter bolhas pulmonares?

Ter bolhas pulmonares pode ser benigno em muitos casos, mas também pode representar riscos significativos, dependendo do tamanho, localização e da presença de sintomas. O risco mais comum é o rompimento das bolhas, o que pode levar ao escape de ar para a cavidade pleural e causar um pneumotórax espontâneo, condição que pode resultar no colapso do pulmão.

As bolhas pulmonares também podem ser um dos sintomas de doenças subjacentes em quadros mais avançados, como o enfisema pulmonar. Além disso, bolhas maiores podem comprimir estruturas pulmonares e piorar a capacidade respiratória.

Quais os principais sintomas?

Como já ressaltado anteriormente, muitos casos de bolhas pulmonares são assintomáticos, entretanto bolhas maiores e mais numerosas podem se manifestar por meio dos seguintes sintomas:

  • Dificuldades respiratórias, inclusive com dor que piora ao inspirar;
  • Dor torácica localizada e agravada por respiração profunda;
  • Tosse seca ou com escarro, dependendo da condição subjacente;
  • Dor torácica aguda e incapacidade repentina de respirar adequadamente, em casos de pneumotórax.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico de bolhas pulmonares envolve a avaliação dos sintomas apresentados, histórico médico do paciente com levantamento de fatores de risco, como tabagismo, e exames de imagem para confirmar a condição. Os principais são:

  • Radiografia do tórax: capaz de detectar bolhas maiores ou sinais de pneumotórax;
  • Tomografia computadorizada (TC): para fornecer imagens detalhadas que ajudam a identificar bolhas menores e avaliar o comprometimento pulmonar;
  • Teste de função pulmonar: mede a capacidade respiratória e identifica deficiências nas trocas gasosas.

O diagnóstico precoce das bolhas pulmonares é fundamental para evitar complicações e garantir o tratamento mais adequado.

Como tratar as bolhas pulmonares?

Caso as bolhas sejam uma manifestação de outra patologia, primeiramente, é preciso tratar a doença subjacente. No entanto, existem diferentes opções de tratamento para as bolhas pulmonares, que vão depender do tamanho, localização e dos sintomas apresentados pelo paciente.

Uma abordagem bastante utilizada e que tem apresentado resultados satisfatórios para restaurar a função respiratória é a bulectomia. Essa técnica consiste na ressecção cirúrgica das bolhas pulmonares para aliviar a compressão no tecido pulmonar saudável, o que permite que o pulmão se ajuste melhor na cavidade torácica e amenize a sensação de falta de ar.

A bulectomia pode ser feita pelo método tradicional aberto para remover as áreas afetadas do pulmão ou por cirurgia torácica videoassistida (CTVA), técnica minimamente invasiva.

A depender da avaliação médica do caso, outras abordagens também podem ser utilizadas, tais como a drenagem das bolhas por CVTA ou com anestesia local e talcagem, administração de medicamentos broncodilatadores, oxigenoterapia e mudanças no estilo de vida, como a cessação do tabagismo.

Fonte:

Manual MSD

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